O Brasil está passando por um período de ebulição política, com diversos protestos. Por isso, devemos ficar bem atentos aos danos dos demais incidentes que podem acontecer nessas situações, principalmente na hora de contratar seguro automotivo.
A Bidu Corretora levantou algumas informações e dicas sobre a cobertura do seguro auto nesses casos.
1) Seguro auto protege contra manifestações?
Na maior parte dos casos, não. As apólices de seguro auto costumam negar indenização em casos de danos causados por guerras, tumultos, manifestações, atos de vandalismo e outras ocasiões semelhantes.
Algumas seguradoras oferecem uma clausula adicional com uma cobertura a danos causados no veículo segurado durante manifestações. Mas, como esse adicional costuma ter um considerável aumento no preço do seguro, é mais indicado para quem realmente precisa, como pessoas que circulam muito em regiões em torno de estádios de futebol, por exemplo, onde geralmente ocorrem tumultos.
2) Então eu perco meu carro em casos de manifestações?
Não necessariamente. É importante, antes de mais nada, se precaver. Assim como nos casos de acidentes decorrentes de enchentes ou quedas de árvores, é importante não estacionar ou passar por locais com potencial perigo. Geralmente, as manifestações possuem data e local marcados com antecedência e, por isso, é indicado prestar sempre atenção aos noticiários e redes sociais e evitar esses caminhos.
Além disso, garagem e estacionamentos costumam ser lugares mais seguros em manifestações. Dessa forma, se não houve possibilidade de estacionar longe de um local marcado pelos manifestantes, tente deixar seu carro estacionado em um local coberto e seguro.
3) O que eu posso fazer se meu carro foi destruído em uma manifestação?
Se você não tem a clausula adicional que protege contra manifestações, ou não conseguiu se precaver anteriormente, você ainda pode tentar entrar com um pedido de indenização na Justiça.[1]
Geralmente as seguradoras alegam justamente o aviso antecipado das manifestações como um motivo para se isentar da responsabilidade. Isso indicaria que o motorista foi, em partes, o agente causador dos danos, já que poderia ter se precavido melhor. No entanto, o consumidor prejudicado pode recorrer à Justiça, exigindo que o poder público seja responsabilizado, já que é ele quem deve garantir a segurança da população – e de seus bens.