×

Relatório destaca tendências do mercado

Consolidação do seguro, tecnologia inteligente são duas das tendências que irão moldar comportamentos de compras e carreiras em 2016, de acordo com relatório realizado pela Marsh.

Essas tendências terão impacto de longo alcance nos preços, avaliação de riscos e apetite internacional. No relatório anual realizado pela Marsh Casualty nos EUA, a companhia analisa o estado do mercado de seguros e identifica tendências-chave que deverão moldar o mercado de seguros esse ano:

Um despertar do mercado de automóvel

Contrariando as tendências, o mercado de responsabilidade civil para automóvel provavelmente terá um aumento de preços e redução de capacidade em 2016, de acordo com relatório da Marsh, já que as taxas combinadas estão em baixa graças às crescentes perdas severas do mercado de automóvel.

Para riscos de responsabilidade com colocação mais difícil no mercado, corretores e seguradores se voltarão para nichos alternativos nesse ano.

Mais fusões

Seguindo os passos das fusões entre ACE e Chubb e de XL e Catlin, outros seguradores irão olhar para essas sinergias. Algumas companhias deverão ainda desativar linhas de negócio que não sejam mais rentáveis ou consolidar as despesas para diversificar capital. Mega-fusões ainda são possíveis e a Marsh prevê que as seguradoras de grande porte estarão interessadas em adquirir companhias especializadas, podendo assim completar seu portfólio de produtos e apostar em novos nichos.

Uma aproximação individual

Seguradores irão fazer suas subscrições através de análises de contas individuais, não mais baseados em toda uma carteira como vinha sendo feito. Assim, eles serão capazes de fiscalizar os riscos mais de perto para assegurar a rentabilidade dessa subscrição.

Os riscos irão desempenhar um papel maior em termos de renovação, bem como terão mais peso na hora de atender o cliente de forma personalizada. Seguradores contarão com seu banco de dados para realizar decisões de sua subscrição, deixando-a mais específica para o setor. Corretores e seguradores precisarão usar dados e exposições específicos de seus clientes e para melhor representar seus riscos e poder diferenciá-los.

Múltiplas plataformas

Seguradores que podem tomar suas decisões de subscrições em diversos produtos e plataformas estarão a frente da concorrência. Abordar o cliente com esses produtos combinados irá beneficia-los, melhorará os preços e evitará gaps de cobertura.

Reclamações por responsabilidade

É esperado que as reclamações entrem em novas áreas esse ano, como alegações de lesão cerebral traumática, brutalidade policial e transtorno de estresse pós-traumático causados por sinistros.

A teoria da Marsh é que isso acontecerá porque a regularização dos sinistros de responsabilidade civil da carteira de automóvel e ações do direito do trabalho têm sido onerosas para os segurados e com isso eles deverão se focar em outras técnicas par mitigar as perdas e minimizar despesas.

Fique esperto

A tecnologia incorporada em dispositivos como óculos, relógios, roupas e capacetes de segurança se tornarão mais comuns para ajudar na prevenção de lesões em ambientes de trabalho.

Olhe para esses dispositivos como uma oportunidade para capturar dados que poderão ser usados para fazer mudanças nos locais de trabalho e nos programas de segurança e de controle de perdas.

Vídeos e aplicativos para smartphones serão amplamente usados para melhorar o acesso a serviços de healthcare e responsabilidade médica para trabalhadores remotos.

Ferramentas sociais
Os perfis de mídias sociais terão um papel crescente na investigação de sinistros.

“Enquanto administradores já analisam o comportamento nas mídias sociais para determinar paradeiro e olhar os status de funcionários acidentados ou reclamantes, vasculhar a internet a procura de dados será uma prática que deverá aumentar em 2016”, diz o relatório da Marsh

Drones

Esse ano, seguradores devem decidir se sistemas aéreos não identificados – drones – deverão estar cobertos dentro da apólice de aviação, tecnologia ou responsabilidade geral, assim como o uso desses dispositivos deverão crescer em 2016.

Não apenas para uso pessoal, muitas empresas já usam drones para entregas em locais que sofreram grandes desastres.

 

Fonte/Autor por:  A.C. Revista Apólice