No ano passado, as operadoras de planos de saúde indicaram reajuste de 19%, no entanto, a Agência Nacional de Saúde (ANS) autorizou correção de 13,57%. Para este ano, a expectativa é que o aumento permaneça em dois dígitos, no entanto, a ANS ainda não confirmou a alta. Especialistas do setor estimam que, para acompanhar a elevação dos preços médicos, a correção nos valores dos planos pode chegar a 19%.
De acordo com o diretor da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), Pedro Ramos, nos últimos dez anos, não houve recomposição da inflação médica. “Isso é o mínimo para ajustar os planos. No ano passado, foi de 19%, e o governo autorizou 13,53%”.
Segundo a Agência, existe uma diferença entre o reajuste dos planos e os índices gerais de preço, orientando que a inflação medida por esses índices representa a variação média de preços de diversos produtos e serviços. “No caso dos planos de saúde, é contabilizado, além dos valores dos serviços médicos, o aumento da frequência de utilização desses serviços. Além disso, novas tecnologias são incorporadas, o que impacta nos reajustes”, diz nota.
Contudo, para a Abramge, o envelhecimento da população, a incorporação de novas tecnologias, além de desperdícios e fraudes, ajudam a elevar os custos médico-hospitalares. “Os reajustes concedidos pela ANS não acompanharam a disparada. As operadoras absorvem o déficit. A redução da margem de lucro levou muitas empresas à insolvência”, revela Ramos.
Escrito por Comunicação Sincor-SP