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Presidente da Fenacor fala sobre as necessidades do setor em meio à crise

Armando Vergílio – Presidente da Fenacor

Armando Vergílio – Presidente da Fenacor

Armando Vergílio sinalizou aspectos importantes para o mercado securitário diante do cenário político e econômico do país

O presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Armando Vergílio, disse durante a abertura do VI Fórum Manaus de Seguros que o tema escolhido para o evento foi muito pertinente pois, em tempos de crise, inovar, criar se faz necessário em todas as atividades. E com o segmento de seguros não é diferente

E, nesse sentido, a Federação tem tentado empreender as ações de forma inovadora, entre as quais ele destacou. A auto regulação, a inserção da categoria no supersimples, o incentivo aos Sindicatos no sentindo de investir na qualificação profissional e ao estimulo à cultura do seguro.

“A auto regulação que é algo que temos perseguido, nada mais é do que um auto disciplinamento ético, é o estabelecimento junto com a própria categoria de um conjunto de normas de boas práticas. De condutas profissionais adequadas, isso passaria necessariamente, pela criação de Conselhos de Corretores de Seguros”. Segundo ele, essas são ferramentas que possibilitarão a eficaz fiscalização da categoria e trarão mais confiança para os consumidores, contribuindo ainda para o aprimoramento das relações de mercado, “é o meio mais eficaz para o controle ético e disciplinar dos corretores de seguros”, justifica.

Outra ação importante foi a inclusão da categoria do no Simples Nacional na Tabela 3, que é a melhor. “Isso trouxe um alívio tributário muito grande, diminuiu muito a carga tributária. A categoria que vivia praticamente no limbo, sufocado por uma carga tributária absurda, vive hoje uma nova realidade o que facilitou para que o corretor pudesse investir em tecnologia”, declarou.

Qualificação é investimento – Em relação ao perfil do corretor de seguros, Vergílio destacou que há uma necessidade de aprimoramento. Para ele, a categoria tem características que obrigam a superar obstáculos que são colocados a cada sazonalidade, seja ela, econômica ou política para que o setor continue crescendo.

“Estamos vivendo um momento de retração muito séria e profunda. E o setor de seguros que vinha num crescimento muito acelerado, algo em torno de dois dígitos, agora vem sendo impactado. E isso exige mudança, de comportamento e atitude e acredito que os corretores estão tendo essa percepção” explicou.

Vergílio frisou que a instabilidade econômica, aumenta a sensação de insegurança na sociedade e é preciso que os profissionais do segmento demonstrem o quanto são capazes de oferecer uma ampla rede de proteção securitária.

“Esse é um momento para estarmos unidos, corretores e seguradores, em busca do pleno atendimento à população. O consumidor é o responsável por estarmos todos aqui, reunidos e buscando aprimoramento, inovação é produto adequado, que esteja de acordo com as necessidades do setor”, afirmou.

Aculturamento do seguro do país – O mercado de seguros é um grande formador de poupança. O crescimento do setor deve ficar em torno de 9%, o que, segundo o presidente da Federação é fantástico, levando em consideração a retração econômica. Ele ressaltou que o produto interno do Brasil vai cair, e, se o setor conseguir alcançar esse crescimento vai ser muito bom. “E esse crescimento é baseado em alguns princípios, o primeiro é que ainda existe espaço orgânico para o seguro crescer no nosso país uma vez que ainda estamos em processo de aculturamento das pessoas sobre a importância da proteção securitária e previdenciária”.

Um trabalho, segundo ele, que vai melhorando a visão que as pessoas têm sobre esse segmento e passam a adquirir os produtos, tanto de seguro, quanto de previdência. Isso se dá também devido a atuação dos corretores que é força motriz de propulsão do setor. “ Hoje mais de 85% dos seguros realizados no Brasil é feito por um corretor independente. É um exército de pessoas mais de 90 mil corretores do país”.

Vergílio finalizou dizendo que o corretor tem que estar antenado para se movimentar com a rapidez necessária, tem que ter a celeridade para ele não perder as oportunidades. “Para o setor, crises, historicamente sempre foram momentos de oportunidade”.

O VI Fórum Manaus de Seguros, promovido pelo SINCOR AM/RR, reuniu, no dia 23 de junho, no Tropical Hotel Manaus, representantes do mercado segurador de todo o Brasil. O evento teve como tema central ‘Inovar é o Caminho’ e propôs uma reflexão sobre as perspectivas do setor de seguros para os próximos anos, diante de um cenário econômico instável e de profundas mudanças na sociedade.