O que está acontecendo? É o que os corretores de todo o Brasil que receberam e-mail da Susep estão se perguntando. O fundador do CQCS, Gustavo Doria Filho, falou do assunto no Pare e Pense e colocou o CQCS à disposição da categoria. “Você, corretor que foi abordado e não tinha nada para regularizar, entre em contato com o CQCS e conte como foi sua experiência. Nós vamos mandar para a Susep”, destacou.
O fundador do CQCS disse que o sistema da autarquia que, anteriormente, foi ofertado como solução não está funcionando. “A Susep está esquecendo que todo sistema precisa de homologação. O que a Susep fez com o recadastramento dos corretores? Esqueceu de homologar”, afirmou.
Ele ressaltou que o sistema tem melhorias. “Ter automatizado é bom, fazer a identificação com a CNH é moderno, lincar dados também, mas existem falhas que precisam ser consertadas”, alertou.
Gustavo Doria Filho aconselhou os corretores que, por ventura, receberem a notificação e tiverem pendência com a autarquia resolvam a situação. “Façam. É importante para você e o diferencia dos vendedores heterodoxos de seguros que têm na praça”, aconselhou.
Ele ainda fez um pedido à Susep: “Você tem que entender que apesar de você estar negando nossa existência, nós somos mais avançados tecnologicamente do que você imagina. E muito mais resilientes”, sentenciou.
E ainda enfatizou a força dos corretores. “Conseguimos vencer os bancos, a própria internet e não vamos perder para o open insurance porque o corretor é o open insurance. O corretor sempre foi buscar uma gama de ofertas para o segurado e o open insurance não vai mudar nada disso”.
Ele ressaltou ainda que quando a Susep obriga o corretor a interromper o trabalho, ir até o site da autarquia e constatar que não tem nenhuma irregularidade, há um grande dano. “O corretor perde tempo, em algum lugar um segurado está sendo menos atendido e um dano maior ainda: as relações entre as entidades. Quando a Susep vai entender que tem que ter gente para atender gente?”, questionou.
Gustavo Doria Filho alertou ainda que não é possível ser tudo digital e cobrou que a autarquia tenha um canal de atendimento para o corretor ligar e tirar dúvidas.
“Não adianta mandar um email com dezenas de páginas de PDF dizendo que está resolvendo. A forma de atendimento que oferecem hoje não está funcionando. Susep, o corretor existe e é mais importante que open insurance. É preciso que você olhe para o corretor com respeito. Respeite sua história. Respeite que ele existe por causa do segurado. Respeite que as seguradoras entenderam que o corretor é a menor despesa para comercialização do seguro. Até as insurtechs mais inovadoras que servem de modelo para as insurtechs do sandbox entenderam que com o corretor o custo é menor. A seleção de riscos é mais refinada. Coisa que o digital não oferece”, analisou.
E para os corretores, o fundador do CQCS disse: “Corretor, não baixe a guarda toda a vez que o estado atender você de forma inadequada se posicione. Lembre que você é um cidadão pagador de impostos e a Susep é uma autarquia onde trabalham servidores públicos e a função do servidor público é servir o público. Não atrapalhar o dia a dia do cidadão”, finalizou.
Fonte: CQCS l Sueli Santos