Pelo terceiro ano consecutivo, o crescimento do valor das despesas assistenciais foi maior do que as receitas das operadoras de planos de saúde. De acordo com levantamento da FenaSaúde, em 2016 as despesas avançaram 13%, enquanto a receita aumentou 11,7%, apresentando uma disparidade de 1,3%.
Em números concretos, a receita dos planos de saúde somou R$ 165,5 bilhões e as despesas contabilizaram R$ 137,2 bilhões no período. São considerados como despesas, gastos com exames, consultas, internações e outros atendimentos médico-hospitalares.
De acordo com presidente da FenaSaúde, Solange Beatriz Palheiro Mendes, as despesas assistenciais, em franca expansão, elevam a sinistralidade – razão percentual entre as despesas assistenciais e receitas – para 84,6%, um ponto percentual acima do de 2015.
“Esse continuado descompasso entre receitas e despesas põe em risco a sustentabilidade do segmento. Nesse momento de recuperação gradual e lenta da atividade econômica, buscar o equilíbrio financeiro do setor é um grande desafio. Temos um quadro de evasão de beneficiários acentuado pelo elevado desemprego que se soma ao aumento do número de procedimentos realizados e a alta inflação médica”, explica.
Escrito por Comunicação Sincor-SP