RIO DE JANEIRO – A Petrobras teve lucro líquido 2,51 bilhões de reais no quarto trimestre de 2016, revertendo prejuízo de 36,9 bilhões de reais no mesmo período do ano anterior, em meio a redução dos custos financeiros e melhora do resultado operacional.
O lucro, contudo, ficou abaixo da previsão média de analistas consultados pela Reuters de 3,701 bilhões de reais no período, após prejuízo líquido de 16,458 bilhões de reais no terceiro trimestre.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado subiu 31 por cento para 24,788 bilhões de reais, “em função das maiores margens de diesel e gasolina e dos menores gastos com importações e participações governamentais. A margem Ebitda ajustado foi de 35 por cento no quarto trimestre”.
O lucro operacional no quarto trimestre foi 11,8 bilhões de reais, ante prejuízo operacional de 40,9 bilhões de reais no mesmo período de 2015.
“Nós temos bons resultados para apresentar… mas é sempre importante ter o contexto que esse trabalho todo que está sendo feito tem como plano de fundo uma dívida ainda muito elevada”, disse o presidente da companhia, Pedro Parente, em conferência com jornalistas.
A dívida líquida da companhia, em reais, recuou 20 por cento em 2016, e fechou o ano a 314,12 bilhões de reais. Em dólares, a dívida recuou 4 por cento para 96,381 bilhões de dólares.
A empresa registrou fluxo de caixa livre positivo pelo sétimo trimestre consecutivo, de 11,953 bilhões de reais. No ano, o fluxo de caixa livre foi 41,572 bilhões de reais, 2,6 vezes superior ao registrado no exercício de 2015, reflectindo a redução de investimentos em 32 por cento e a maior disciplina na utilização de capital, disse a empresa.
No ano, a companhia registrou prejuízo líquido de 14,824 bilhões de reais, ante prejuízo de 34,836 bilhões em 2015, e o Ebitda ajustado subiu 16 por cento para 88,693 bilhões de reais. Com isso, a relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado caiu para 3,54 vezes ante 5,11 em 2015.
(Por Marta Nogueira, com reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro, e Gustavo Bonato, em São Paulo)
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