Em novembro, o ICES (Índice de Confiança e Expectativas das Seguradoras) teve alta, pelo segundo mês consecutivo, passando para 71,6. Contudo, esse percentual, calculado a partir de pesquisa realizada pela FENACOR, ainda é inferior ao apurado há 12 meses (84,3).
Ainda assim mostra que as seguradoras estão mais otimistas em relação a rentabilidade e ao faturamento, além da expectativa do mercado. O estudo revela ainda que 69% e 53% das empresas acreditam que o panorama melhorou.
De acordo o presidente da FENACOR, Armando Vergilio, dois fatores contribuem para a melhoria dos índices. “O mercado de seguros tradicionalmente apresenta resultados mais favoráveis no último bimestre do ano, o que ajuda a melhorar o “humor” dos executivos do setor -, acredita Vergílio.
Ele acrescenta que, além disso, embora persista o cenário de instabilidade, o Governo obteve alguns avanços no ajuste fiscal. “Há menos pessimismo porque houve algumas conquistas no Congresso Nacional, mesmo que ainda tímidas, como a redução do número de pautas-bombas no Congresso Nacional”, assinala.
Foram entrevistados executivos de 100 grandes empresas do setor, que optaram por percentuais de 0 a 200 para a confiança na economia, rentabilidade e faturamento. Também foram apurados outros três indicadores: ICSS (de confiança do setor de seguros no Brasil), ICER (Índice de Confiança e Expectativas das Resseguradoras) e ICGC (Índice de Confiança das Grandes Corretoras). Todos os números tiveram alta, depois de meses em queda.
O balanço também apurou informações com corretoras e resseguradoras com relação a suas expetativas sobre o futuro da economia. Os resultados apontam para um pessimismo geral. Destas, 65% das corretoras e 63% das resseguradoras esperam que o crescimento da economia seja pior ou muito pior, pelos próximos seis meses.
A pesquisa mostra ainda que 60% das corretoras e 64% das resseguradoras também estão pessimistas em relação a rentabilidade dos negócios. E quanto ao faturamento, 55% das corretoras acreditam em quedas nos próximos seis meses.
Entre as resseguradoras, o percentual é de 36%.