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O mercado de seguros encontra a sétima arte

O mercado de seguros tem muito em comum com a cerimônia do Oscar, que acontece no próximo dia 28, em Hollywood, e reconhece as melhores produções do ano na sétima arte.

A vida imita a arte, é o que dizem, mas às vezes ela é a matéria-prima para filmes que divertem e também contam um pouco mais sobre a riqueza e os desafios desse mercado.

Aproveitando o gancho da premiação do próximo domingo, saiba quais são os seguros que podem estar presentes na indústria. Além disso, que tal conhecer ou rever títulos que podem fazer quem trabalha na indústria do seguro se identificar? Alguns mais outros menos, veja os dez filmes que celebram a sétima arte e, claro, a indústria de seguros.

Hollywood e a indústria do seguro

Alguns visionários fizeram a fundação da indústria multi-bilionária cinematográfica. Para isso foi, e ainda é, preciso correr riscos consideráveis. Desde seu começo, os produtores de Hollywood contaram com a indústria do seguro para ajudar a gerenciar esses riscos.

Qualquer que seja a razão, eles também fascinam a indústria do seguro. De acordo com a Rede de Informações sobre Seguros da Califórnia, produções de filmes estão relacionadas com valores de prêmios que excederam US$ 100 milhões em 1998, a maioria por filmes longa metragem. Apesar de ser qualificado com um negócio de nicho, a maior parte dos players não são pequenos e inclui companhias como AIG, Chubb, CNA, Fireman’s Fund e St. Paul, juntamente com o os mais eminentes representantes, como o Lloyds que fez o famoso seguro das pernas de Beety Grable.

São descritos quatro produtos básicos que servem à indústria cinematográfica. Eles são desenhados para proteger os cineastas e produtores de possíveis interrupções nos negócios, desde atrasos de filmagens causados por eventos relacionados ao clima até a perda de um membro do elenco ou outra pessoa da equipe.

Seguro de elenco: Cobre qualquer custo adicional que pode surgir se uma produção perde um de seus membros de elenco, diretor ou qualquer pessoa, frequentemente, são essas perdas que representam a maior quantidade de sinistros. Em março de 1994, os produtores de “Dois contra o Oeste” receberam US$14,5 milhões quando o ator John Candy morreu de ataque cardíaco e ainda havia 20% do filme para ser terminado;

Erros e Omissões: Apólices protegem as produtoras de processos judiciais envolvendo violação de direitos pessoais, calúnia ou difamação. Essas apólices normalmente requerem que os cineastas consultem um advogado antes do lançamento do filme para verificar se há qualquer coisa que possa motivar uma ação judicial.

Produção geral: Pacotes de seguro que fornecem o seguro padrão que todo negócio necessita, como a compensação de trabalhadores, responsabilidade geral e seguro auto comercial. Também está incluído custos com atrasos e refilmagens devido a questões climáticas, falha de equipamentos e danos causados no set.

Garantia de conclusão: Dá a certeza de que o filme será terminado. Sem esse produto, alguns dos filmes independents que já foram nomeados ao Oscar como Regras da Vida, O Paciente Inglês e Despedida em Las Vegas, poderiam não ter chegado ao tapete vermelho na noite da premiação. Sem o apoio de um estúdio maior, produções independentes preciso de uma garantia de que eles terão meios financeiros para completar um filme.

Produções complicadas podem ter um número de entidades financeiras, envolvendo mais do que um filme, e um número de seguradores e resseguradores que dividem o risco pulverizando a cobertura ou pegando diferentes camadas de exposição. É um mercado altamente especializado.

As companhias normalmente aceitam mais de 40 garantias por ano somando, aproximadamente, US$ 100 milhões. Mas tem em sua conta mais de US$ 2 bilhões usados para filmes como Coração Valente, Evita, Quatro Casamentos e um Funeral, Fargo, Lara Croft – Tomb Raider, A Cartada Final, além de O escorpião de Jade, Senhor dos Anéis, Assassinato em Gosford Park e Fomos Heróis.

Custos de produção normalmente são baseados na existência de sobreposição de contratos de direitos de distribuição. Em alguns casos, isso não é suficiente para cobrir os custos da finalização dos filmes, o que cria uma lacuna entre o montante que o investidor fornece, coberto por uma clássica garantia, e o montante total requerido. Se os financiados são Spielberg ou Gerge Lucas, o investimento é extremamente seguro, mas eles não precisam disso; seus direitos de distribuição são suficientes. A maior parte de quem está nesse mercado é de filmes independentes.

Filmes para conhecer

10 – Valentão é apelido (1959)

História: A produção se passa no velho-oeste, onde um vendedor de seguros extremamente confuso, Milford Farnsworth, que vende a um cliente uma apólice de vida no valor de US$100 mil. Quando o chefe de Milford descobre que esse beneficiário era Jesse James, um famoso e procurado bandido ele envia o vendedor para comprar de volta a apólice.

Por que assistir: A venda foi, sem dúvidas, um péssimo gerenciamento de risco. Além da caçada atrás do perigoso bandido, quem entende de seguros perceberá quão arriscada é essa empreitada, esteja o bandido vivo ou morto.

Moral para os negócios: Quando vender uma apólice de seguro de vida, certifique-se de que ele é quem diz que é!

9 – Assassinato em um dia de Sol (1982)

História: O detetive Hercule Poirot tenta resolver um caso de assassinato e o roubo de um diamante a pedido de uma companhia de seguro, que teria que segurar os dois casos, mas desconfia de tentativa de fraudes.

Por que assistir: A resolução do crime está intimamente ligada com a busca pela verdade e a credibilidade que a indústria do seguro tenta manter.

Moral para os negócios: O mutualismo é essencial para o negócio na indústria de seguros, mas em caso de dúvida investigue!

8 – O homem errado (1956)

História: O filme conta a história de um honesto músico de jazz vai a um escritório de seguros para tentar um empréstimo da apólice de seguro de vida para pagar as despesas dentárias da esposa, é confundido com um ladrão e terá que provar sua inocência.

Por que assistir: Aqui o mercado de seguros é pano de fundo para um suspense dirigido pelo consagrado Alfred Hitchcock.

Moral para os negócios: Às vezes, o seguro se engana

7 – Pacto de Sangue (1944)

História: Um agente de seguros encontra uma atraente mulher casada no momento de fechar um negócio e eles se apaixonam. Ela o convence a seguir um plano para assassinar seu marido após fazer um seguro de vida para ele para pegar a indenização.

Por que assistir: Nesse caso a arte imita a vida. Não são poucas as denúncias de pessoas que cometem homicídios para enriquecer às custas do seguro.

Moral para os negócios: Verifique todas as letras miúdas antes de assinar qualquer contrato. Podem acontecer surpresas!

4 – O show de Truman (1998)

História: Um vendedor de seguros descobre que toda sua vida é, na verdade, um reality show.

Por que assistir: Com Jim Carrye como ator principal, o filme prevê a era em que a realidade se torna o principal motivo de entretenimento de uma nação.

Moral para os negócios: O que é verdade e o que é mentira? O quanto as pessoas se mascaram tanto para comprar quanto para vender produtos? Uma lição de vida que pode ser utilizada na esfera profissional

5 – Lloyd’s of London (1936)

História: Quando o pré-adolescente Jonathan Blake e Horation Nelson descobrem que marinheiros e piratas planejam fraudar uma companhia de seguros, eles vão para Londres alertar os donos da “Lloyd’s Cofee-House”, lugar em que seguradores se reuniam. A notícia dada por eles eventualmente resulta em um trabalho com a companhia para Blake que um dia se torna o dono do Lloyd’s of London.

Por que assistir: Conheça a história do grande mercado de seguros e resseguros britânico. Icônico no mercado.

Moral para os negócios: Fazer a coisa certa pode levar ao sucesso nos negócios.

4 – Sonhos do passado (1973)

História: Um homem tenta de tudo para salvar seu empreendimento no mercado de vestuário. Quando fica sem esperanças, decide colocar fogo no estabelecimento para poder receber indenização do seguro

Por que assistir: Mais um causo de fraude. Quantos dos sinistros pagos são ocasionados por más intenções?

Moral para os negócios: Uma lista de coisas para não fazer.

3 – Assassinato por encomenda (1985)

História: Um jornalista que vive em Los Angeles recebe um proposta indecorosa: um homem com uma doença terminal pede que o repórter o mate para que sua família possa ficar com seu seguro de vida e oferece US$ 50 mil para que a proposta seja aceita. O jornalista aceita, mas descobre que há muito mais por trás dessa história

Por que assistir: Apesar do tema sério, o filme é uma comédia com a cara dos anos 80

Moral para os negócios: Proteja a sua identidade e a de seus clientes

2 – Um ato de coragem

História: Um pai descobre que seu filho tem uma rara doença cardíaca e que o seguro não cobrirá o transplante. Portanto, decide tomar um hospital e tornar todos reféns até que o nome de seu filho ser colocado na lista de transplantes.

Por que assistir: O filme é dramático e traz momentos de tensão e envolvimento. Além disso, lembra o quanto o contato humano é importante mesmo nos negócios

Moral para os negócios: Um olhar sobre o sistema de saúde, especialmente o estadunidense, com todas as suas contradições e dramas.

1 – Um homem contra Deus

História: Steve Mayers é um advogado que decide mudar de vida e larga sua carreira no mercado judicial e passa a morar em um barco que após um tempo é destruído por um raio durante uma tempestade. Ao contatar a companhia de seguro, que alega que a cobertura para o evento não consta na apólice e atribui a ocorrência a “um ato de Deus”. Assim, Mayers decide processar Deus por seus danos, nomeando os membros da igreja como representantes

Por que assistir: O roteiro pode parecer absurdo, mas rende identificação com o mercado de seguros e sobre como a indústria funciona.

Moral para os negócios: O cliente reclamará seus direitos até a última instância!

Fonte/Autor por:  Revista Apólice