Devido à recessão econômica do país, o mercado de planos odontológicos apresenta projeção com estagnação de crescimento pela primeira vez, desde quando começou a ser acompanhado, há 15 anos.
“Nos planos odontológicos nunca houve queda no número de segurados, é um setor que apresenta dinâmica positiva, porém se observar os últimos anos já mostra algumas tendências de estagnação, reflexo decorrente da economia brasileira”, explicou o consultor Fernando Botelho, durante o 11º Simpósio Internacional de Planos Odontológicos (Sinplo), promovido pelo Sinog, entre 28 e 29 de abril, em São Paulo.
Ele analisa que o Brasil está desde 2011 em ritmo desacelerado, mas em 2012 encontrou estagnação da economia, quando adotou medidas para tentar ativá-la e conseguiu um sucesso efêmero, porém o custo dessas ações chegou agora. “A economia cresceu quase nada em 2014, é uma catástrofe em 2015 e provavelmente será o mesmo nesse ano, independente dos resultados políticos nas próximas semanas”.
Uma notícia que também não é boa para o mercado é que a dinâmica da economia deve ser mudada, já que nos últimos anos cresceu muito o setor de serviços. “Em 2010, a indústria cresceu pouco em relação aos serviços, que era uma economia com base no consumo, porém esse padrão deve mudar e a indústria deve liderar o crescimento a partir de 2017”.
E isso abala bastante o mercado, já que os planos odontológicos estão inseridos no setor de serviços. “Isso afeta em empregos, pois o crescimento da indústria gera menos trabalho e de fato o setor de planos de saúde está inserido em serviços. É fato que não é indicado esperar crescimento em varejo ou telemarketing”, ressalta Fernando Botelho.
Em meio a esse cenário, o consultor indica “procurar as empresas com capacidade de exportação, pois terá um quadro menos desfavorável do que o restante da economia”. (Tany Souza)
Fonte/Autor por: Revista Cobertura