O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou o nome do economista Ilan Goldfajn como novo presidente do Banco Central. Ao mesmo tempo, adiantou que o governo enviará ao Congresso Nacional proposta para que a autoridade monetária tenha autonomia técnica decisória. Para Meirelles, esta é a condição para que seja formalizado algo que hoje vale apenas por acordo verbal. Acrescentou que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) não confere independência formal ao BC, mas incluirá a proposta de foro especial para o presidente e para os diretores do BC, já que o chefe do BC perderá o status de ministro.
A indicação de Goldfajn depende de sabatina e aprovação pelo Senado.
Enquanto isso, Alexandre Tombini continua no cargo. Meirelles adiantou que, posteriormente, o governo contará com Tombini “integrando a alta administração federal em outra posição”, sem dar detalhes. Em nota, Tombini elogiou a indicação de Ilan para sucedê-lo, afirmando que o economista tem grande experiência no setor financeiro.
Antes de chegar ao BC, o economista-chefe do Itaú desde 2009 estava certo de que o corte nos juros básicos da economia poderia ocorrer no começo do segundo semestre, porque a recessão no Brasil e a cotação do dólar contribuíam para a redução gradual da inflação. Outras trocas nas diretorias do BC serão discutidas depois com Ilan, se for o caso”, disse Meirelles.
Também formam a equipe de Meirelles Marcelo Caetano indicado para Secretaria da Previdência, área que saiu do ministério do Trabalho e foi incorporada à Fazenda no governo interino do presidente Michel Temer para acelerar a estruturação da reforma previdenciária.
Já Mansueto Almeida será o novo secretário de Acompanhamento Econômico, chamando para si a tarefa de analisar detalhadamente as contas públicas. E Carlos Hamilton Araújo responderá pela secretaria de Política Econômica, responsável por formular as políticas macroeconômicas.
Fonte/Autor por: Cnseg