A prevenção e o combate à fraude foi tema do workshop promovido na manhã de ontem, 27, pelo SINDSEGRS. O evento foi conduzido por Ricardo Tavares, gerente da área de prevenção e combate à fraude; e Eduardo Ruas Justo, gerente de relacionamento, ambos da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização -CNSeg.
Após serem recebidos e apresentados pelo Presidente do Sindicato, Guacir de Llano Bueno, Eduardo Justo explanou sobre as atribuições do CNSeg e especificamente sobre a CESER, Central de Serviços e Proteção ao Seguro que busca soluções para aumentar receita, reduzir despesas e sinistralidade para as seguradoras.
Ricardo Tavares iniciou apresentando as principais razões para o crescimento da fraude como a perda de valores morais e éticos, impunidade e crise econômica. “Qualquer que seja o tipo de fraude, o resultado é sempre o mesmo: um custo injusto para os segurados honestos”, afirmou. Conforme o especialista, a divulgação e denúncia são importantes para o combate às fraudes e em 2004 foi elaborado projeto baseado em 4 pilares: Comunicação e prevenção; Informação; Investigação e Repressão. “A partir daí tivemos avanços como campanhas educacionais, coletânea de indícios de irregularidades e recomendações para prevenção, código de ética do mercado segurador, combate a seguros piratas, sistema de quantificação de fraude, disque-denúncia, Pátio Legal e cruzamento de coincidências”, relata Tavares.
Para o especialista, uma das principais ações de combate à fraude é a quantificação dos casos tornando possível, principalmente, promover a conscientização de setores governamentais e da sociedade, do próprio segurado e do mercado segurador sobre a extensão e gravidade do assunto. “Informação, inteligência, cruzamento de dados. O compartilhamento disso tudo pode evitar a fraude para as seguradoras”, afirma Tavares apresentando em números o tamanho do problema no Brasil: Em 2015, o prejuízo das seguradoras com as fraudes comprovadas foi de R$ 600 milhões.
O que tem sido feito para combater o problema? Segundo Ricardo Tavares, uma nova estrutura de Proteção e Combate à Fraude em Seguros foi criada na CESER e utiliza trabalhos de inteligência (recepção dos dados de seguradoras, seus cruzamentos com dados de outros sistemas e apresentação dos resultados), além da gestão dos casos encaminhados aos escritórios jurídicos. “O principal fator na redução à fraude é a prevenção que, por sua vez, possibilita a redução de custo do seguro, além do crescimento do mercado segurador. A aproximação com o Poder Legislativo e alianças com instituições públicas de repressão à criminalidade são muito importantes também. Afinal, a fraude em seguros pode até ser um crime sem sangue, mas não é um crime sem vítimas”, finaliza.
Como forma de reconhecimento pela apresentação do tema, o Sindicato concedeu aos palestrantes Certificados de Agradecimento, e registra aqui, seu agradecimento a todas as pessoas que prestigiaram o evento.
Escrito por SINDSEG RS / Enfato Multicomunicação