Iniciativa ajuda a traduzir problemas paulistanos através de números apurados nas pesquisas da Entidade, viabilizando que os candidatos, a partir desses dados, balizem o desenvolvimento de propostas voltadas aos setores do comércio de bens e serviços
Com o intuito de munir o mercado, os empresários, os governantes e a sociedade em geral de conhecimentos importantes a respeito da conjuntura econômica da capital paulista e contribuir para o debate de propostas nas eleições municipais, em um contexto de queda da arrecadação e aumento da demanda por serviços públicos, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) lançou hoje (1º de agosto) a plataforma digital multimídia São Paulo em números: um recorte da economia paulistana, que disponibiliza os principais indicadores da economia paulistana auferidos pelas pesquisas da Entidade, a serem atualizados mensalmente. Na visão da Federação, conhecer e interpretar corretamente os dados é o primeiro passo para identificar os problemas da capital e corrigi-los de modo adequado.
Os indicadores e pesquisas econômicas desenvolvidas pela FecomercioSP são importantes ferramentas de comprometimento social. Atualmente, a Entidade é responsável pela elaboração e análise mensal de 16 indicadores reconhecidos pelo mercado, com informações relevantes para a determinação dos rumos da economia e para o desenvolvimento regional, estadual e nacional.
No especial São Paulo em números: um recorte da economia paulistana, os candidatos à prefeitura municipal de São Paulo poderão conhecer os desafios que os esperam e, a partir desses dados, planejar políticas públicas efetivas e mudar o atual cenário de crise, a partir de medidas que visem a redução da burocracia, o aumento da eficiência da máquina administrativa e a racionalização dos tributos. Pela plataforma, os candidatos terão acesso aos índices referentes ao consumo, inflação, emprego, endividamento e faturamento do comércio varejista, do comércio eletrônico e do setor de serviços da cidade de São Paulo.
A Federação reforça que, por causa do orçamento apertado, as famílias passaram a buscar mais ofertas de serviços públicos nos segmentos de lazer, cultura, transporte, saúde e educação. Encontrar um equilíbrio entre essa demanda e uma receita menor tende a ser um dos principais desafios da próxima administração municipal.
Além disso, segundo a FecomercioSP, o momento exige parcerias que podem e devem ser estabelecidas com o setor privado nas áreas de formação profissional, cultura, lazer, e infraestrutura, em temas como melhoria das calçadas, estacionamentos próximos a estações de trem e metrô e enterramento de fios e cabos elétricos, para proporcionar o desenvolvimento almejado.
A capital paulista em números
O município de São Paulo é a alma econômica do País, consolidando-se como polo industrial no século XX e, atualmente, como referência no âmbito do comércio de bens e serviços. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, o setor de comércio de bens e serviços respondia por 70% do PIB paulistano, participação que era de 62% em 1999. Números da FecomercioSP de 2015 mostram que o comércio varejista local movimentou R$ 172 bilhões, enquanto o setor de serviços faturou R$ 256,5 bilhões.
O comércio e o setor de serviços também são os principais empregadores da capital paulista. Em abril, respondiam por cerca de 4,4 milhões de empregados com carteira assinada, que representavam 84% de todos os empregos formais no âmbito municipal. O comércio de São Paulo atende não apenas à população da cidade mas também aos consumidores e empresários das mais diversas localidades. Como consequência, no âmbito estadual, 57% dos trabalhadores do atacado de eletrônicos e equipamentos estão concentrados na capital, onde a Rua Ifigênia é famosa pela venda desses itens. O percentual que sobe para 71% no atacado de vestuário, tecidos e calçados, com a 25 de Março e a José Paulino figurando como dois dos principais expoentes do setor.
Mas mesmo uma cidade tão dinâmica como São Paulo sofre com os desafios de uma grande metrópole, como a busca de soluções para os problemas nos âmbitos de mobilidade urbana, habitação e segurança. Aliada a essas questões, a crise econômica também atua para diminuir o poder de compra dos paulistanos, e o resultado nas empresas é a queda das vendas e do emprego no setor de comércio e serviços. No acumulado dos últimos doze meses até abril deste ano, na comparação com os doze meses imediatamente anteriores, o faturamento do varejo paulistano registrou queda de 4,1%. No setor de serviços o recuo foi de 3,8%. Mais de 95 mil postos de trabalho foram eliminados em um ano, sendo 10 mil no comércio atacadista, 21 mil no varejo e 64 mil nos serviços.
Com o recuo das receitas das empresas, cai também a arrecadação municipal de impostos. O aumento do desemprego, somado à elevação do custo de vida – que subiu mais de 10% em um ano -, leva ao crescimento da inadimplência. Em junho, 17,6% das famílias paulistanas estavam com alguma conta em atraso, e 7,2% diziam não ter condições de pagar todas as despesas no mês seguinte. Esses números também acabam tendo impacto no recolhimento de taxas e contribuições pela prefeitura de São Paulo, uma vez que indicam maior dificuldade na manutenção do IPTU em dia, por exemplo.
Confira a plataforma: http://goo.gl/B95qzK
Sobre a FecomercioSP
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 157 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por 11% do PIB paulista – aproximadamente 4% do PIB brasileiro – e gera 5 milhões de empregos.
Escrito por Assessoria de imprensa FecomercioSP