Nesta quinta-feira, dia 18, o presidente da Associação Paulista dos Técnicos de Seguros (APTS), Osmar Bertacini, foi o convidado do Clube Internacional de Seguros de Transportes (CIST) para falar sobre as vantagens da especialização no ramo. O tema da apresentação foi “A especialização como nova oportunidade ao Corretor de Seguros”.
“É desnecessário dizer q a crise está aí, o desemprego também e isso reflete no mercado de seguros. Sabemos que seguros não é um produto de primeiro consumo”, disse o presidente da APTS na abertura de sua palestra. Ele destacou ainda que apesar do cenário de economia restritiva, o setor cresceu 12%. “Claro que em comparação com outros países, ainda é pouca a participação no mercado”, disse. E questionou: “Muitas empresas deixam de fazer seguro, a culpa é da economia ou também nossa, agentes de seguros em não divulgar a importância do seguro?”
Para ele, a especialização é oportunidade para o corretor de seguros e lembrou que o Brasil tem 204 milhões de habitantes, sendo 120 milhões de população economicamente ativa e desses, 10% deve ter seguro de vida. “Olha o tamanho da nossa lição de casa”, alertou.
Para ele, o ramo de Transporte, assim como outros setores dentro do mercado segurador, dá um vasto campo de oportunidade e rentabilidade aos corretores já que a comissão média gira em torno de 20%. “O corretor está muito focado no seguro de auto e é preciso ampliar esse leque”. Ele destacou ainda que o seguro de transportes exige que o corretor tenha um pouco mais de conhecimento.
Ele argumenta que ao contrário do seguro de automóvel, que concentra a maioria das operações dos corretores e é bastante concorrido, o seguro de transportes, além de muito promissor, oferece um vasto campo de oportunidades e de rentabilidade aos profissionais da corretagem.
Bertacini destacou que o ramo de transportes é o terceiro maior em arrecadação de prêmios, segundo a Susep. “Corretores precisam tirar o foco do seguro auto, por exemplo, a venda de carros zero caiu cerca de 30%. Como o corretor sobrevive? É preciso buscar alternativa em outros ramos”, disse.
Para Bertacini, seguro transporte é um mercado que o corretor deveria pensar melhor não só pela obrigatoriedade, mas pela segurança do produto transportado.
De acordo com dados da Susep, os prêmios de seguro transporte (incluindo transporte rodoviário, aquaviário, ferroviário e aéreo) fecharam 2014 em R$ 2,48 bilhões, contra R$ 1,63 bilhão em sinistros, com índice de sinistralidade de 65,7. Para Bertacini, a sinistralidade elevada e, consequentemente, o maior de seguradoras para a aceitação do seguro, também reforçam a necessidade de especialização do corretor.
Fonte/Autor por: CQCS