Senado analisa projeto que permite enquadramento do corretor no MEI
Já está no Senado o Projeto de Lei Complementar, aprovado na Câmara, que, além de aumentar em 250% o limite de enquadramento de empresas no Supersimples, permitirá aos corretores de seguros, pessoas físicas, a possibilidade de enquadramento como Microempreendedor Individual (MEI). Após aprovação no Senado, o projeto vai à sanção presidencial.
Por essa proposta, obtida graças ao empenho do deputado Lucas Vergilio (SD-GO), o profissional que trabalha por conta própria pode se legalizar como se fosse um pequeno empresário.
O enquadramento no MEI favorece principalmente os corretores de seguros em início de carreira ou que não pretende atuar como pessoa jurídica.
Apesar de a proposta ainda depender de aprovação no Senado, os corretores de seguros já podem começar a avaliar se vale a pena o enquadramento como MEI.
Essa decisão deve levar em conta os benefícios que esse novo enquadramento pode oferecer.
As condições especiais para que o trabalhador possa se tornar um MEI legalizado foram estabelecidas pela Lei Complementar 128/08.
Uma das restrições diz respeito ao faturamento anual, que não pode ser superior a R$ 60 mil.
Também é vedado para quem participa em outra empresa seja como sócio ou titular.
O Microempreendedor Individual pode ter um empregado contratado, que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.
Entre as vantagens oferecidas está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais.
O MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL).
Assim, pagará apenas um valor fixo mensal, que será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. Essa quantia é atualizada anualmente, de acordo com o salário mínimo.
Com essa contribuição, o Microempreendedor Individual tem acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.
CUIDADOS. O Microempreendedor Individual está dispensado de contabilidade. Não precisa escriturar nenhum livro. No entanto, deve guardar as notas de compra de mercadorias, os documentos do empregado contratado e o canhoto das notas fiscais que emitir.
Além disso, mensalmente, até o dia 20, deve preencher (pode ser manualmente), o Relatório Mensal das Receitas que obteve no mês anterior. As notas fiscais de compras de produtos e de serviços, bem como das notas fiscais que emitir, devem ser anexadas ao Relatório.
A cada ano, o MEI deve declarar o valor do faturamento do exercício anterior. A primeira declaração pode ser preenchida pelo próprio Microempreendedor Individual ou pelo contador optante pelo Simples, gratuitamente.
Caso não tenha feito o pagamento da contribuição na data certa, terá que pagar com juros (calculados com base na taxa Selic, sendo que para o primeiro mês de atraso, serão de 1%) e multa de 0,33% por dia de atraso (limitado a 20%/).