Não é por acaso que a Susep está acelerando o processo de regulamentação do seguro funeral. No ano passado, o auxílio funeral, precursor desse produto, figurou entre as carteiras que mais cresceram. Esse avanço corroborou a decisão da autarquia de publicar a nova regulamentação o quanto antes, tendo com base a minuta de resolução do CNSP que permanecerá em audiência pública até o dia 19 de fevereiro, tempo suficiente para o mercado apresentar sugestões e críticas.
Segundo dados oficiais da Susep, de janeiro a novembro de 2015, o auxílio funeral gerou um volume de prêmios emitidos da ordem de R$ 52,9 milhões. Esse valor é 116,8% maior que a soma registrada nos onze primeiros meses de 2014. Ou seja, a carteira mais que dobrou de tamanho. Outra informação que chama a atenção foi o expressivo crescimento das despesas comerciais, que englobam investimentos em campanhas e as comissões de corretagem. Em 2015, até novembro, esses desembolsos somaram R$ 19,9 milhões, o que representou um incremento de 306% em comparação a igual período, no exercício anterior, quatro vezes mais.
Ainda de acordo com a Susep, os sinistros ocorridos cresceram 79,3%, atingindo a marca de R$ 5,2 milhões. Vale lembrar que auxílio funeral é, basicamente, a cobertura que garante o reembolso dos gastos referentes ao funeral em caso de morte de uma pessoa. São duas modalidades de contratação: a individual, onde só o segurado é assistido, e familiar, no qual a cobertura pode ser estendida ao cônjuge ou companheiro (a) e aos filhos com idade até 18 anos, ou até 24 anos, se estudantes universitários. No auxílio funeral, a escolha da empresa que irá prestar o serviço é livre e, para o reembolso das despesas referentes ao funeral, é necessário enviar para a seguradora as notas fiscais emitidas pelo prestador. Já a assistência funeral é uma cobertura complementar ao seguro e não dá direito ao reembolso nem à livre escolha para prestação dos serviços, que serão executados por empresas indicadas pela seguradora.
Fonte/Autor por: CQCS