Como os jovens empreendedores lidam com essa etapa
Ganhar autonomia financeira, fazer o que se gosta e ao mesmo tempo ganhar dinheiro, driblar o desemprego, aproveitar uma boa oportunidade no mercado e investir um capital ainda não aplicado, ou seja qual for o motivo, o bichinho do empreendedorismo já mordeu boa parte dos brasileiros. Para alguns é apenas um pequeno incômodo que vai passar logo, mas para muitos a cura só vem quando as primeiras ideias de abrir o próprio negócio , de fato, saem do papel e alcançam o mercado.
O brasileiro lida com dois aspectos que interferem diretamente ao empreender: a falta de planejamento e a ousadia. Arriscar e colocar a mão na massa não é um problema para os empreendedores brasileiros. Aquele bom e velho “dar um jeito” tornou-se criar uma solução, inovar no produto ou serviço, criar maneiras diferentes de cativar o cliente e dominar o mercado. Sem dúvidas, o jeitinho brasileiro, se bem aplicado, faz toda a diferença para quem quer tomar as rédeas da vida profissional e financeira.
Fosse apenas ter ousadia e enfrentar os riscos, o brasileiro estaria numa situação favorável nos passos iniciais da sua empresa. Mas há um detalhe que a principio, para muitos, é desnecessário, é visto como perda de tempo e pode ser feito depois: planejamento!
O empreendedor que deixa o planejamento financeiro e de todas as outras esferas do negócio para depois pode se deparar com uma grande perda de tempo e dinheiro. Planejar é essencial para desbravar o mercado com a segurança necessária para enfrentar os possíveis riscos. Gabriel Kallas, sócio-fundador da Toro Radar (empresa que ensina como investir na Bolsa de Valores), fala sobre a importância do empreendedor estar preparado e bem estruturado nos primeiros anos da empresa:
“Ter boas ideias não é o problema. A questão é como executá-las da melhor forma. É preciso definir o que é essencial e opcional na primeira fase da empresa. E quem acha que planejar é opcional está equivocado. Empresa é como um filho. Se você tem tudo planejado, será muito mais fácil receber esse filho e cuidar dele na fase que ele mais depende de você”.
Abrir um negócio é lidar com a possibilidade de fechá-lo. E essa possibilidade se torna uma realidade mais próxima do empreendedor que não tem um bom planejamento, ou seja, faz escolhas erradas, uso de propaganda inadequada, tem como referência informações deficientes de mercado, não formula corretamente o preço de seu produto ou serviço e outros fatores.
Segundo pesquisa do IBGE, a partir de dados de 2013, após o primeiro ano de vida, de 694 mil empresas abertas no ano de 2009, 23% fecharam as portas e até os quatro primeiros anos, menos da metade mantêm as portas abertas. As incertezas dos primeiros anos é uma realidade com a qual o empreendedor tem de conviver. Quanto mais preparado ele está, consegue realizar melhores investimentos no próprio negócio, lida com maior tranquilidade com as possíveis adversidades que possam aparecer e mantêm a empresa fortalecida nos primeiros anos de vida.
Fonte: MaxPress