Executivo da empresa explica a diferença no custo e no atendimento
Por Tany Souza
Em almoço promovido pelo Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP), na última terça-feira (13), o diretor superintendente comercial do Hapvida, André Rosas, apresentou a verticalização como solução da saúde privada no país.
“Há um aumento significativo do plano de saúde na folha de pagamento. Em 2004, 7% da folha de pagamento era plano de saúde, hoje está em torno de 15%, com tendência de 25% até 2025. As empresas não conseguirão pagar isso e terão que encontrar novos caminhos. E o modelo verticalizado será uma ótima solução”, comenta ele.
André Rosas enfatiza que o modelo verticalizado das operadoras não tem como objetivo ter receita em cima do atendimento. “Tem emergências grandes, com todo o andar para atender urgência, para que consiga diagnosticar e resolver o problema rapidamente. Esse é um modelo focado na eficiência, não interna quem não precisa internar, além de não repassar ao cliente o custo do retorno financeiro”.
Segundo ele, isso também acontece em outras frentes de atendimento das operadoras verticalizadas. “As clínicas, hospitais, exames e diagnósticos também têm o mesmo objetivo. Não precisam dar resultado financeiro e isso faz com que consigamos controlar o custo. E também conseguimos ter escala de compra, definição de protocolo, padronização e gestão tecnológica”.
O diretor diz que as operadoras conseguiram encontrar soluções baratas e práticas. “Enquanto as seguradoras encolhem, as operadoras verticalizadas crescem, o que antes eram consideradas o patinho feio do mercado de saúde. Nos últimos dois anos em que o mercado de saúde cresceu, as operadoras verticalizadas cresceram mais de dois dígitos”.
De acordo com ele, o Hapvida é a primeira empresa do Brasil a usar reconhecimento digital, considerando que isso aconteceu há 30 anos. “Colocamos isso com o objetivo de controlar o uso indevido. Caso alguém chegue à urgência ou emergência sem carteirinha, o atendimento é feito com o CPF e digital, e o prazo é de 15 minutos para o atendimento médico”. Além disso, há um núcleo de controle. “Para ter um monitoramento por imagem de quanto tempo leva o atendimento, o que é o desejo de muitas operadoras e seguradoras”.
Para explicar o que é a teleconsulta, utilizada somente pela Hapvida e Hospital Albert Einstein, ele contou que o modelo de negócio da companhia é atender a base da pirâmide. “O objeto de desejo é o cliente da base da pirâmide e para ele dirigimos todo nosso esforço”. E completa contando que “no norte e nordeste não há atendimento de todas as especialidades, por isso, com todo o prontuário eletrônico no sistema, o médico do sudeste e do nordeste atendem simultaneamente o mesmo paciente. E hoje se fazem 15 mil consultas por mês nesse formato de teleconsulta”.
Com 3,6 milhões de beneficiários, o Hapvida hoje se posiciona como a maior operadora de saúde do Norte e Nordeste. Atualmente, são mais de 16 mil colaboradores diretos envolvidos na operação de 21 hospitais, 71 clínicas médicas, 18 unidades de prontos atendimentos, 66 unidades de diagnóstico por imagem e 58 postos de coleta laboratorial distribuídos em 11 estados onde a operadora atua com rede própria.
Escrito por Revista Cobertura