O mercado brasileiro de planos de saúde encerrou abril com mais uma retração: queda de 2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Isso significa a perda de 962 mil vínculos, o que reduz a 47,5 milhões o total de beneficiários de planos médico-hospitalares no País. Os números integram a nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Além do resultado negativo, o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, destaca que ainda não há indicação segura de que o mercado irá mudar a tendência e retomar o crescimento nos próximos meses. “Enquanto a situação econômica do País não mudar e, principalmente, o saldo de empregos voltar a crescer, provavelmente não teremos aumento significativo no número de beneficiários”, analisa.
De acordo com a NAB, dos 962 mil vínculos rompidos nos 12 meses encerrados em abril deste ano, 742,8 mil se concentram na região Sudeste. Sendo que os Estado de São Paulo e Rio de Janeiro foram os que mais perderam beneficiários. Em São Paulo, houve retração de 2,6%, o que equivale a 475,8 mil beneficiários a menos do que em abril de 2016. Já no Rio de Janeiro, foram 181,2 mil vínculos rompidos, queda de 3,2%.
Proporcionalmente, contudo, Rondônia apresentou o pior resultado do País. Entre abril deste ano e o mesmo mês do ano passado, o Estado do Norte perdeu 13,1 mil beneficiários, o que equivale a recuo de 7,6%.
Por outro lado, há sete dos 27 entes federativos que registraram resultados positivos nos últimos 12 meses: Ceara e Piauí, no Nordeste; Acre, Amazonas, Roraima e Tocantins, no Norte; e, Santa Catarina, no Sul. Destes, Santa Catarina teve o resultado mais modesto. Foram 5,2 mil novos vínculos, alta de 0,4%. Já o maior resultado positivo ocorreu no Amazonas, onde 37,6 mil novos beneficiários passaram a contar com um plano médico-hospitalar, avanço de 7,5%. No Sudeste e no Centro-Oeste nenhum estado registrou resultado positivo.
A análise da NAB contata, ainda, estabilidade na comparação em entre o total de beneficiários de abril ante janeiro deste ano, o que pode ser influência da criação de emprego entre fevereiro e abril de 2017, primeiro resultado positivo para abril desde 2014.Carneiro destaca, entretanto, que sem a manutenção do saldo positivo de empregos formais não há como esperar uma retomada consistentemente positiva do mercado de planos de saúde médico-hospitalares.
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
Escrito por Letra Certa Estratégia e Tática em Comunicação