SÃO PAULO – Um sistema desenvolvido pela startup Bluelux, de Belo Horizonte, permite o controle da iluminação de ambientes residenciais e corporativos por meio de um aplicativo. É possível configurar o desligamento ou ativação de lâmpadas por meio de agendamento on-line, além de elaborar relatórios mensais sobre o consumo de energia.
A startup foi fundada por Tiago Loureiro em 2014, em Belo Horizonte. O negócio se viabilizou por meio de um financiamento coletivo on-line (crowdfunding). A campanha tinha como meta inicial arrecadar R$ 15 mil, mas o saldo total durante um período de 45 dias chegou a R$ 30 mil.
Hoje, a Bluelux vende de 50 a 100 produtos por mês e faturade R$ 15 mil a R$ 30 mil. Loureiro diz que um dos objetivos futuros é atingir a marca anual de vendas de 2.500 unidades. Outra meta é elevar o faturamento para R$ 40 mil mensais. Para isso, está fazendo estudos de mercado e investindo em marketing de conteúdo e anúncios publicitários nas redes sociais.
“Começamos só com clientes residenciais, fomos evoluindo e fomos também para o setor empresarial. Temos planos para atender 75% empresas e 25% residenciais”, informa.
A empresa oferece dois produtos. Um é o módulo Bluelux, um adaptador instalado individualmente em lâmpadas rosqueáveis e que permite o ajuste da luminosidade a partir de uma conexão sem fio com o celular. É o mesmo princípio de um dímer, mas aplicado a uma plataforma virtual. Não há necessidade de conexão com a internet para funcionar. O produto é vendido por R$ 169,00.
Mais voltado ao segmento corporativo, o módulo Bluelux Pro pode estar conectado a uma ou mais lâmpadas com potência total de até 250W. Por exemplo, se uma empresa tem luzes de LED, esse módulo poderá controlar até 20 lâmpadas, pois cada uma delas funcionam com 12W. Diferente da versão mais básica, esse sistema pode ser adaptado em lustres, fitas de LED e lâmpadas embutidas. Por ser mais complexo, porém, requer conhecimento técnico de um eletricista para a instalação. O Bluelux Pro é vendido por R$ 219,00.
Ambos os módulos fornecem relatórios sobre consumo de energia e configuração de desligamento da iluminação, visando evitar o desperdício.
Em maio de 2016, a empresa participou durante seis meses do programa de aceleração de negócios Seed-MG. Foram injetados ao todo R$ 68 mil no projeto. De acordo com Loureiro, esse processo foi importante para captar recursos e aperfeiçoar a plataforma on-line da Bluelux. A startup com sede em Belo Horizonte conta com seis funcionários.
João Vicente Ribeiro