A construção civil, um dos setores econômicos mais importantes para viabilizar o crescimento, prevê dias melhores em 2017, algo refletido no índice setorial de confiança divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 28. O chamado Índice de Confiança da Construção (ICST) do Brasil atingiu 75,1 pontos neste mês, após alta de 0,7 ponto sobre fevereiro, patamar mais elevado desde os 76,2 pontos em junho de 2015. Ou seja, o maior patamar alcançado em dois anos tem relação direta com a melhora das expectativas e efeitos favoráveis do emprego no setor.
O avanço do indicador ocorreu exclusivamente ao Índice de Expectativas (IE-CST), que teve alta de 1,7 ponto, para 87,8 pontos, melhor resultado desde setembro de 2014. Segundo a FGV, o indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes teve alta de 2,2 pontos, para 90,1 pontos.
Na avaliação da coordenadora de projetos da construção da FGV/IBRE, Ana Maria Castelo, o menor pessimismo se reflete no indicador de emprego do setor, com queda na disposição de demitir nos meses seguintes. “Embora isso ainda não tenha se traduzido em intenção de contratar, pode representar uma desaceleração do ritmo de queda no emprego”, disse ela.
A melhora nas expectativas compensou o recuo de 0,2 ponto do Índice da Situação Atual (ISA-CST), aos 62,8 pontos, sendo esse o segundo mês seguido com um resultado negativo.
A FGV informou ainda nesta terça-feira que o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) desacelerou a alta a 0,36 por cento em março, ante 0,53 por cento no mês anterior, com destaque para o aumento menor nos preços de Materiais, Equipamentos e Serviços.
Escrito por Cnseg