A previdência complementar é parte da solução dos problemas brasileiros: de um lado pode aliviar o Estado do pagamento de benefícios a aposentados, de outro, incentiva a poupança de longo prazo que pode ser investida em infraestrutura. “Hoje a previdência fechada paga benefício médio de R$ 4 mil mensais a 700 mil aposentados”, disse Luís Ricardo Martins, presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), durante a cerimônia de comemoração do Dia do Aposentado, realizada ontem em São Paulo. “Os aposentados são a razão de ser da previdência. Vocês que estão hoje aqui que tornaram a previdência possível, por ter acreditado nela no passado”, acrescentou.
Foram homenageados 70 aposentados, que tiveram, ainda, a oportunidade de ouvir palestras motivacionais sobre o envelhecimento saudável. Os palestrantes foram a antropóloga e colunista da Folha Miriam Goldenberg e Nilton Molina, presidente do Instituto Mogeral Aegon de Longevidade. Molina é, ele próprio, um exemplo de envelhecer na ativa: depois de trabalhar a vida toda no setor de seguros, hoje está prestes a completar 81 anos.
“Quando eu tinha 38 anos, ouvi uma palestra de um empreendedor que, com mais de 75 anos, ainda fazia planos de negócios para mais de 30 anos à sua frente. Eu não entendia como, por quê – afinal eu tinha 38 anos. Hoje, estou ativo, e preocupado em conscientizar as pessoas de que é preciso construir alternativas para essa população acima de 50 anos, que só cresce e logo será a maioria. Hoje já existem estudos que mostram que os humanos que estiverem vivos em 2045 não morrerão mais”, disse Molina.
O presidente da Abrapp disse, ainda, em seu discurso de abertura da cerimônia, que apesar de moderno e sólido, o sistema de previdência complementar precisa “ousar” para voltar a crescer. “Precisamos aproveitar a discussão nacional da reforma da previdência social para inserir o nosso setor como solução. Precisamos simplificar os produtos, desenhar novos voltados para jovens, para categorias profissionais, para profissionais que atuam como empresas. E precisamos nos aproximar mais da previdência aberta e das seguradoras. No mundo todo é assim”, disse.
Escrito por Tamer Comunicação