Até o próximo dia 16, o governo receberá sugestões de toda a sociedade para montar seu plano de oportunidades no setor de internet das coisas no Brasil. O programa, idealizado pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, a partir de um Termo de Cooperação Institucional com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), tomará como base um estudo a ser feito por um consórcio, devendo durar nove meses. O plano nacional deverá ser lançado ainda em 2017.
A internet das coisas (traduzido do inglês internet of things) engloba uma série de tecnologias que utilizam a internet para comunicar a usuários informações em tempo real sobre a operação de equipamentos. Os aprimoramentos podem incluir desde eletrodomésticos até meios de transporte e máquinas industriais. Conectados à rede, os dispositivos podem ser comandados a distância e com informações precisas como previsão de duração, temperatura e consumo de energia, detalha a Agência Brasil.
A internet das coisas terá múltiplos usos, podendo servir à saúde- médicos poderão acompanhar a distância a taxa de glicose de pacientes diabéticos, ou intervir no cotidiano das pessoas- pais poderão controlar temperatura do quarto e da mamadeira dos filhos com exatidão. “Interessa dos mais modestos cidadãos e até as mais complexas ações que acontecem no Brasil”, disse o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab , para quem a tecnologia da internet das coisas será um marco no país, a exemplo de outras nações que já avançaram bastante nesse processo.
O estudo técnico será realizado com recursos do BNDES para mapear práticas internacionais e oportunidades para empresas locais e para a atração de multinacionais. O orçamento é de R$ 17,4 milhões, sendo R$ 9,8 milhões em recursos do banco público e R$ 7,6 do consórcio responsável por realizá-lo.
Segundo a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, “é uma tecnologia que vai impactar cada vez mais as realizações e a sociedade, trazendo novas oportunidades para a geração de valor econômico e transformando os modelos de negócio e a vida das pessoas”.
O consórcio que fará o estudo foi selecionado em uma chamada pública do BNDES e reúne a consultoria McKinsey & Company Brasil, Fundação CPQD e Pereira Neto/Macedo Advogados.
Escrito por Cnseg