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Liquidação da Nobre

Joaquim Mendanha de Ataídes

Joaquim Mendanha de Ataídes, superintendente da Susep, agiu preventivamente na Liquidação Extrajudicial da Nobre seguradora. Mas a notícia pegou o mercado de surpresa.

Os corretores de seguro, especialmente os que trabalhavam com a seguradora em questão, deverão agir nos próximos dias para informar seus segurados e preveni-los sobre a nova posição jurídica desta empresa.

Infelizmente, especialmente para RCO, a indústria do seguro encolheu. E sob risco de situações similares ao DPEM. Tristemente, com dano muito maior para a população brasileira.

Entretanto, há uma seguradora que atende os interesses dos órgãos que administram o trânsito, vias públicas e estradas: Essor seguradora – Uma empresa que veio para ficar. Uma multinacional que aparenta a solidez que as seguradoras em geral deveriam apresentar para Subscrição de Riscos.

Aliás, isto acende uma luz vermelha no setor. O assunto deve ser tratado em reuniões da autarquia com as seguradoras. Até porque, fico imaginando o caos numa situação em que não hajam congêneres a garantirem os sinistros.

Quero lembrar, também, que algumas empresas que trabalhavam o RCO tiveram o mesmo destino da Nobre. Este foi o caso e exemplo da Confiança seguradora.

Preventivamente, neste caso, não estamos apontando a cobertura de RCO como causadora dos problemas com a Susep. Mas de empresas de porte médio, ou pequeno, que trabalhavam com a carteira específica e foram atingidas por diversas situações que exigiram a Liquidação Extrajudicial.

Também é bom informar que cresce a consciência e obrigatoriedade por seguros deste tipo. Os órgãos que administram as vias públicas estão regendo com eficiência as certificações para uso dessas mesmas vis públicas por parte dos transportadores.

A finalidade social envolvida pelo seguro em relação aos diversos tipos de transporte (Escolar, Turismo, Fretamento, etc) e que conduzem milhões de pessoas diariamente pelas ruas e estradas brasileiras, exige um tratamento diferenciado para a questão. Ainda, por analogia, o caso da boate Kiss.

Assim, nosso apelo para o novo superintendente e corretor- profundo conhecedor do mercado segurador – é que paute o seguro de RCO.

Armando Luis Francisco
Corretor e jornalista