O mercado brasileiro de seguros deve crescer 10,3% em 2016, desacelerando em relação a 2015, estimou nesta quinta-feira (17) a CNseg, entidade que representa o setor. Para 2015, a estimativa é de crescimento de 11%.
“Dentro do que aconteceu com a economia foi até um ano bom”, disse a jornalistas o presidente da CNseg, Jayme Garfinkel. Para o próximo ano, o executivo disse que a expectativa para ramos como seguros de pessoas é positiva. Segundo ele, a crise leva à preferência por coberturas de menor valor.
“Eu vejo estabilidade do setor. Temos como nos ajustar a isso”, disse o executivo. Ele apontou como desafios potenciais nos próximo meses o possível aumento de fraudes e a redução de segurados em ramos como saúde.
Para Garfinkel, o recesso parlamentar que pode adiar o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff tende a impactar a economia e, consequentemente, o setor.
Em ramos elementares, que incluem cobertura a danos sobre objetos ou pessoas, a entidade projeta aumento de 5,2% em volume de prêmios no próximo ano, mesmo nível deste ano. Em automóveis, a previsão é de alta de 3,9% em 2016, ante 3,5% em 2015. Já para seguro habitacional, a previsão é de alta de 12% no ano que vem, ante 16% projetados para 2015.
A CNseg também vê desaceleração para saúde suplementar, com expectativa de crescimento de 11,4% no ano que vem, contra um avanço de 13,2% no fechado de 2015.
A entidade realiza eleições para nova diretoria nesta quinta-feira, com chapa única e tendo o presidente da Bradesco Saúde, Marcio Coriolano, como candidato à presidência, que deve assumir em 8 de fevereiro, segundo a entidade.
Garfinkel assumiu interinamente a presidência, após a morte do presidente Marco Antonio Rossi, num desastre aéreo, em novembro.