O estudo “Carta de Conjuntura”, do Sincor-SP, indica que o mercado de seguros deverá crescer 10% em 2015, abaixo, portanto, da taxa de inflação prevista pelo mercado financeiro para o exercício. SE a projeção se confirmar, será a primeira em muitos anos que o setor não consegue obter crescimento real. “Diante da taxa inflacionária perto dos dois dígitos, temos um cenário complexo e desafiador que deverá delinear também o ambiente econômico de 2016”, afirma o presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo.
Segundo o estudo, o segmento de ramos elementares apresentou expansão de 4%, de janeiro a outubro, enquanto os seguros de pessoas evoluíram 8% no mesmo período. Há de se destacar, contudo, que o carro-chefe do ramo de pessoas continua sendo um produto de acumulação financeira, o VGBL, cuja comercialização está concentrada no canal bancário.
Alexandre Camillo afirma que, apesar desses aspectos pouco animadores, os profissionais da cadeia produtiva da indústria de seguros, em especial os corretores de seguros, que respondem por mais de 80% de arrecadação do setor, não podem abrir mão da dedicação e da disciplina, investindo em capacitação e novos relacionamentos. “Trata-se de posicionamento que vai se reverter em resultados positivos e sustentáveis ao longo do próximo exercício”, frisa.
Ele lembra que alguns indicadores sinalizam discreta recuperação, como os índices de confiança da indústria. No entanto, ressalta que há “ um longo e árduo caminho a percorrer até que o País retome níveis de crescimento e de consumo satisfatórios”.
Para o presidente do Sincor-SP, até que esse momento de recuperação chegue, a recomendação é manter o foco e planejar cuidadosamente os negócios para 2016. “Temos a nosso favor um mercado sólido e ainda com muito espaço para crescer”, acrescenta.