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2015 está sendo cruel no número de falência de empresas brasileiras

O ano está chegando ao fim e os resultados colhidos pelas empresas brasileiras, na sua grande maioria, deixaram a desejar. A demanda caiu, a economia está nitidamente em recessão e as perspectivas de recuperação no curto prazo são pouco animadoras.

O índice de falência de empresas em 2015 manteve a tendência observada na última década e com perspectiva de elevação: um número entre 23% e 25% das empresas deverá ir à falência este ano, sem que ao menos tenham alcançado o segundo ano de vida. Pelo menos 50% das empresas encerrarão atividades antes do quinto ano de existência.

Esse fato já deixou de ser novidade e vem sendo sistematicamente apurado pelo Sebrae. Oitenta por cento das pequenas e médias empresas irão à falência em seus primeiros 5 anos; 80% das que sobreviverem irão à falência em mais 5 anos; apenas 4% ultrapassarão a barreira dos 10 anos de vida. Em qual grupo você pretende estar?

A causa nº 1 da falência não é a concorrência, produto inadequado, a economia, a sociedade etc, e sim a falta de preparo na gestão do negócio – segundo pesquisas de entidades de apoio ao micro, pequeno e médio empresário. Esses empresários falham ao planejar a entrada no seu negócio; falham também ao planejar o desenvolvimento de cada ação que vai suportar a estrutura de funcionamento, investimentos, produto ou serviço, prospecção, vendas, atendimento ao cliente etc.

As preocupações básicas, embora possam parecer complexas, determinam a perenidade do negócio e o nível de domínio que o empresário terá para desenvolver a sua empresa. É possível se adquirir as competências necessárias para organizar e desenvolver uma empresa, principalmente diante da possibilidade de se contar com ajuda externa de um consultor ou um coach de negócios. Difícil é buscar o equilíbrio ideal das 3 personalidades que existem dentro de um empresário e impedir que o conflito entre elas atrapalhem o desenvolvimento do negócio.

Estudos minuciosos revelam que os “empresários de sucesso” são aqueles que são 10% técnico (expert no produto/serviço), 20% administrador (voltado para a ordem, estrutura, sincronia) e 70% empreendedor (visão, paixão, foco no mercado). Uma proporção diferente nessas personalidades pode decidir o fracasso do empresário e, por consequência, a falência do negócio. O conflito das três personalidades gera o travamento da rotina da empresa e impede o seu desenvolvimento. O consultor de micro e pequenas empresas Michael Gerber, dos Estados Unidos, tem se dedicado a estudar esse fenômeno evidente inclusive entre os empresários brasileiros.

O dilema dos empresários é como identificar as competências essenciais que lhe faltam, quais as que existem em “excesso” e como suprir as necessidades para que o negócio se desenvolva, conquiste clientes e os mantenha satisfeitos e aptos a repetirem a compra.

O caminho é buscar instrução apropriada e contar com apoio externo de especialistas para fugir das estatísticas que decretam o fim das empresas brasileiras.