Em dois anos, metade da população já será formada pela geração que praticamente nasce com um celular nas mãos. Isso muda totalmente a indústria. E a próxima onde de transformações atingirá em cheio as seguradoras e bancos. A afirmação é do consultor Duarte Carvalho, da Ernst & Young, segundo o qual empresas do mercado de seguros, a exemplo de outros segmentos, em breve não estarão competindo umas com as outras, mas com um “enxame de abelhas” (referência às novas tecnologias e métodos desenvolvidos por jovens de todo o mundo).
Esse novo cenário dominou os debates durante o edição 2015 do Insurance Service Meeting, realizado pela CNSeg, em Angra dos Reis (RJ). Palestrante de um dos painéis do evento, Duarte Carvalho acentuou que a atividade de seguros precisa investir forte no mundo digital para estar mais perto do novo cliente. “Neste mundo novo, ideias novas surgem a todo momento para melhorar os processos. Isso vai chegar aqui (no Brasil)”, observou.
Ele acrescentou ainda que marcas fortes já não são tão importantes para o consumidor, que têm “outros valores”.
No mesmo painel, o executivo de Negócios da Capgemini Brasil, Joel Oliveira, fez um alerta ainda mais preocupante para a plateia, ao falar das mudanças previstas pelo outro palestrante.“As mudanças no mercado de seguros serão ainda mais profundas que nos bancos. Haverá preços e margens decrescentes. A primeira coisa a fazer é ter medo”, disparou.
Já Luiz Rodrigo Barros e Silva, da IBM, que é necessário melhorar a experiência com o cliente e redesenhar sistemas operacionais. “As empresas não estão paradas. Mas, há um longo e árduo caminho pela frente. Contudo, isso vai gerar valor e trazer resultados”, amenizou.