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Mercado segue otimista apesar da crise

Fonte: Boletim Acontece

Em 2009, os Estados Unidos sofreram com uma retração de 2,8% no PIB, taxa de desemprego de 10% e queda de 53% na bolsa de Nova Iorque. Em seis anos a situação se inverteu, com alta de 2,5% no PIB e de 30% na bolsa de Nova Iorque, além de um índice de desemprego equivalente a 5,1%, muito próximo ao registrado antes da crise financeira.

Esses números foram apresentados pelo jornalista da Globo News Dony De Nuccio, para mostrar que é possível, também para o Brasil, superar as dificuldades econômicas atuais. Para De Nuccio, um dos palestrantes do 19º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, em situações adversas podem surgir ideias inovadoras.

Exemplos disso são a Airbnb, empresa criada em 2008 e que hoje vale US$ 25 bilhões, e o Whatsapp, aplicativo criado em 2009 e vendido por US$ 22 bilhões ao Facebook. O jornalista acredita que o Brasil pode seguir os passos norte-americanos se as empresas souberem ajustar suas estratégias, investir e executar novas ideias.

O presidente da HDI, João Francisco da Costa, compartilha do otimismo. O executivo acredita que, com a ascensão da classe média brasileira de 38% para 54% da população, entre 2003 e 2013, o mercado interno continuará sendo propulsor da economia. “É um momento desafiador. Vamos precisar de criatividade e muito trabalho para manter as conquistas já alcançadas”.

Já Fabio Luchetti, presidente da Porto Seguro, alertou para as futuras crises advindas da combinação de fatores não mapeados e, por isso, não prevenidos. A comercialização on-line, que tem se afastado do conceito de venda consultiva, e a concentração na carteira de automóveis foram apontadas pelo executivo como exemplos.

Educação financeira

No âmbito político, o deputado federal Lucas Vergilio atualizou sobre os movimentos do Congresso no sentido de ampliar as oportunidades para o corretor de seguros. Entre os projetos de autoria do parlamentar encontra-se em tramitação o PL 10/2015, que regulamenta o VGBL Saúde, aprovado na Câmara e em apreciação no Senado.

Trabalhando em outra frente para minimizar os efeitos da crise, o Ministério da Educação (MEC) estuda incluir a educação financeira na formação básica do brasileiro. Segundo o titular da Susep, Roberto Westenberger, a ausência do tema no currículo contribui para uma sociedade despreparada para decidir, de forma autônoma e informada, como administrar suas finanças.

Até dezembro próximo, a questão estará em consulta pública no site da Base Nacional Comum Curricular. “É importante o nosso mercado se mobilizar para conseguirmos ter a educação financeira como disciplina transversal, a ser incluída sutilmente nas disciplinas básicas”, afirmou Westenberger.

O superintendente também comentou a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), criada em 2010 por representantes do poder público e da iniciativa privada, a fim de promover a disseminação do ensino das questões financeiras, formando cidadãos mais conscientes e, consequentemente, um mercado financeiro mais sólido.