Nesta terça-feira (22), o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello contou que a aprovação do projeto que trata da obrigação dos planos de saúde de cobrirem tratamentos que não estejam previstos pela ANS, o que acaba com o rol taxativo, assim, desconsidera o trabalho realizado pela agência reguladora e que pode desequilibrar o setor de saúde suplementar.
De acordo com as informações do site Valor Econômico, o diretor-presidente pontuou que acredita que 80% das operadoras de saúde não terão condições de sustentar os custos dos novos procedimentos.
“É bom que se diga e traga a verdade aqui porque muito foi falado sobre isso como a anuência da agência baseado nesse texto que foi apresentado quando não houve qualquer tipo de anuência. Houve sim uma manifestação contrária a esse texto. Querer desconsiderar o trabalho que é feito pela ANS, é isso que estamos vendo aqui hoje”, afirmou Paulo Rebello durante audiência pública.
Conforme o diretor-presidente da ANS, apenas alguns planos de saúde de grande porte que poderão custear tratamentos novos, que estão fora do rol taxativo hoje em dia. “Qualquer decisão que venha a ser diferente daquilo que a agência já faz hoje em dia vai trazer sim o desequilíbrio no setor de Saúde Suplementar, vai trazer sim uma migração de pessoas desse setor para o SUS. Estamos lidando com um setor em que 80% dessas operadoras são operadoras pequenas, que ficam no interior dos estados, que não terão condições de arcar com os custos elevados desses medicamentos e quando ultrapassar para os beneficiários, eles não vão conseguir permanecer nesse setor”.
Fonte: CQCS I Luana Neiva